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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Roda de Conversa


 

A equipe da EMEI GUIA LOPES ousou realizar uma roda de conversa sobre a aplicabilidade da LDB e da Lei n.º 10.639/2003 e Lei n.º 11.645/2008 no último dia 11/11/2011, às 19h00 como primeira experiência e organização de um grupo de discussão para futuros encontros.



Contrariando os moldes estabelecidos para a discussão de assuntos que envolvam as políticas públicas e sem perder a seriedade que o assunto exige, escolhemos um formato em que as relações de poder fossem diluídas pela própria disposição dos participantes. Em roda, não há quem fique em evidência, apenas as ideias ficam no centro das atenções com peso e valor de igual medida.

O trabalho com a promoção de práticas que visam o respeito à diversidade, em especial àquelas que respeitem os elementos que compõe a identidade de nossas crianças e a valorização das histórias de vida de seus familiares, mostrou-nos não ser tarefa fácil.
Entramos em contato com algumas instituições que debruçam seus estudos sobre o assunto e compartilhamos algumas experiências. Nada comparável aos desafios que vivemos no dia a dia de um projeto tão complexo quanto apaixonante e necessário.

O trabalho com questões como racismo, preconceito, discriminação e intolerância não poderia ser iniciado sem que antes conhecêssemos a história de cada participante e sua disponibilidade em levar adiante uma discussão sem dia e hora para terminar.


A diversidade esteve representada na figura de cada um e em suas falas. Foram entrelaçados assuntos como relatos de prática, obrigatoriedade que a legislação impõe e a importância de aplica-la, análise crítica de algumas situações vividas por nossa escola, a presença pela curiosidade e disposição em conhecer o nosso trabalho; a militância documentada dos movimentos sociais, enfim uma troca inicial que deixou um gosto de que outro encontro não pode demorar a acontecer.

Nosso objetivo é o de formar um grupo itinerante que possibilite a realização da Roda de Conversa em outras unidades da rede e fomente a discussão, compartilhe dúvidas e inseguranças envolvidas quando a questão vai muito além do que o combate a qualquer tipo de preconceito. Um grupo que promova uma reflexão e avaliação do papel das escolas de educação infantil na formação de cidadãos críticos e mais tolerantes. Um grupo de trabalho que sinalize os equívocos de um suposto trabalho com a identidade de nossas crianças, comumente alardeado. Um grupo que, sobretudo ajude-nos a reconhecer os nossos próprios preconceitos e como evitar que permaneçam incrustrados em nossa prática pedagógica.

Considerando as diferentes características de seus membros e suas experiências, pretendemos rodiziar a condução dos trabalhos entre as lideranças que o compõe.
Acreditamos que, como nós, algumas escolas precisem ser desafiadas a trabalhar com estas questões para que percam o medo do desconhecido e da possibilidade de errar.
Que, como nós, percam a “ingenuidade” quando são categóricas ao dizer que nossas crianças precisam ser poupadas de algumas verdades, e portanto da vida como ela é. Que sequer imaginam que sobre o racismo, a intolerância, o preconceito, nós é que temos muito a aprender com elas.
Nossa pouca experiência e a imensa vontade de compartilharmos nossas experiências nos permite dizer que erramos e acertamos na medida certa e que não há erro maior do que a omissão.

O desafio esta lançado! Estamos esperando você no próximo encontro, combinado?
Nossos agradecimentos aos representantes da SME, DRE Fo/Brasilândia, Sindicato, Movimento Anarcopunk, Pais, Professores e colegas de outras unidades educacionais.



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