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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Horta e Cozinha Experimental no SPTV



Professora Solange Miranda com sua Turma do Leão dão um show em nossa Cozinha Experimental.
Equipes de trabalho deram conta  de colher, lavar, picar, temperar, servir e degustar uma salada deliciosa.


Veja a reportagem e delicie-se com a receita criada pelas crianças

sábado, 20 de abril de 2013

EMEI Guia Lopes - Bom Dia São Paulo - Rede Globo

Projeto "De onde vem? Para onde vai?" em reportagem no Bom Dia São Paulo - Dia 19/04/213


Revista EI - Educação Infantil - Igualdade Racial na Educação Infantil

EXISTE HORA CERTA PARA FALAR SOBRE SEXUALIDADE?

OS BEBÊS AFRO-BRASILEIROS DE AZIZI ABAYOMI E SOFIA


O INÍCIO DO PROJETO

No final do ano passado, após a cerimônia de união entre Azizi e Sofia e do regresso do casal à escola,  nossas crianças foram categóricas em afirmar que havia uma gravidez em curso. Esta não foi a primeira vez que percebemos a curiosidade infantil sobre este assunto. Acreditamos que  a gravidez é um evento muito próximo de sua realidade, senão pelo próprio nascimento, mas porque a possibilidade de acompanharem uma nova gravidez de suas mamães seja um mistério que envolve sentimentos controversos e que precisam de atenção.
Todos os desafios que instigam nossas crianças são feitos através de cartas enviadas por nossas figuras de afeto. Na primeira carta que recebemos Azizi e Sofia transferiram para as crianças a responsabilidade de escolherem um nome para seu bebê. Diante desta situação, começamos os processos de escolha.
Em um determinado momento descobrimos que não seria possível escolher nomes se não sabíamos o sexo e o número de bebês que Sofia estava esperando. Como há quatro anos, as crianças decidiram os rumos desta história, optando por gêmeos, o que foi confirmado através do exame de ultrassom que fizeram, mas e o sexo?
Criou-se a oportunidade certa para enviarmos pesquisas para as famílias, questionando-as sobre como saber o sexo do bebê se eles ainda não tinham nascido. No dia seguinte, muitas informações foram enviadas pela escola. Exames de ultrassom circularam pelas mãos orgulhosas de nossas crianças e, é claro, a solução estava dada: “Sofia tem que fazer o exame para sabermos o sexo dos bebês”.
Sem dúvida,  nosso primeiro objetivo foi alcançado: crianças e pais conversando sobre o nascimento de seus filhos.
Listas de materiais necessários foram sendo construídas e a escola iniciou a organização da “maternidade”.
Eram tantas as informações  que  o ultrassom passou a ser,  apenas,  um detalhe diante todos os cuidados necessários: o Pré-Natal. Exames de sangue, medição da pressão, peso, tamanho da barriga estão sendo ótimas oportunidades para o trabalho com noções matemáticas.
Nossos médicos de plantão realizaram  o exame e foi possível identificar o sexo dos bebês. Sofia e Azizi terão  uma menina e um menino, confirmando, portanto, o desejo da grande maioria.
Durante as rodas de conversa que aconteciam em todos os grupos, os nomes dos órgãos genitais foram surgindo: “Perereca”, “florzinha”, “pombinha”, “pintinho”, entre outros tantos. Chegava a hora de nomeá-los, cientificamente. A descoberta das palavras “vagina e pênis” foi um dos conhecimentos que propiciamos.
Logo após o exame, alguns amigos e familiares de Azizi começaram a enviar cartas, demonstrando suas inquietações.  Nessas correspondências deixavam clara a importância de escolherem os nomes dos bebês seguindo algumas tradições africanas. É aqui que começaremos a trabalhar a cultura africana e afro-brasileira através da identidade  de nossas crianças. Como será o ritual de escolha de nomes em algumas nações do continente africano? Paralelamente, iniciamos o trabalho com a árvore genealógica das figuras de afeto para adubarmos o terreno fértil da infância com provocações que tratam da hereditariedade e a melanina na definição das características físicas de todos nós.