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terça-feira, 12 de maio de 2015

ENTREVISTA COM ALEXANDRE SCHNEIDER - SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DE 2006 A 2012

Bastou assistir pela primeira a palestra da escritora Adchie Chimamanda - "Os perigos de uma história única" que revela a obliquidade do pensamento, do discurso e da ação quando não nos interessa conhecer os vários lados de uma mesma questão, para aperfeiçoar minha prática na administração escolar pública.
Inspirada pela ideia sedutora de apresentar o "outro lado" de assuntos relacionados à educação, ocorreu-me a ideia de proporcionar às professoras da EMEI Guia Lopes a chance de expor suas dúvidas e questionamentos a alguém que esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação.
Alexandre Schneider assumiu a secretaria por seis anos (2006 a 2012) e durante sua gestão construiu políticas e programas que atenderam às necessidades e anseios dos professores, famílias, crianças e adolescentes da rede municipal de ensino. Ele e sua equipe construíram documentos que subsidiaram a construção do Projeto Político Pedagógico da EMEI Guia Lopes e de outras tantas escolas.  Convidei-o para compartilhar sua experiência com um grupo de professores que, em sua maioria, ingressou este ano na rede municipal.

Foi um momento esclarecedor, mais do que isso, foi uma troca, um encontro de pessoas comprometidas com a educação pública de qualidade.
Dentre as várias questões, uma grande parte fazia referência aos programas que foram criados durante a gestão do nosso convidado.  Falamos sobre o Programa Inclui, sobre a autonomia da escola para a construção de seus Projetos Políticos Pedagógicos através das Orientações Curriculares - Expectativas de Aprendizagens para a Educação Infantil e para as Relações Étnico-raciais, sobre a redução do número de alunos em sala de aula, sobre a marginalidade da Educação Infantil pela falta de políticas públicas específicas e ações de valorização desta etapa da vida escolar,  sobre os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, sobre os critérios para a aquisição do kit de material escolar e sobre o “Rede em Rede”. Discutimos também sobre fatos que nos preocupam, tais como: a falta de articulação entre CEI|EMEI|EMEF, sobre a desistência de muitos professores durante o curso de pedagogia ou após o início da docência e sobre a necessidade de rever o papel da supervisão escolar. Foi um encontro muito produtivo. Uma experiência que todas as escolas municipais deveriam proporcionar as suas equipes!

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